17 de abril de 2010

Colisão de sentimentos


Fecho os olhos para não ver,
Escuto as batidas do meu coração,
Fecho as brechas que estão abertas,
Escuto o chão rachar em pedaços,

A ruína do meu corpo e minha alma,
Uma vontade de deitar e não levantar
As lágrimas caem sobre mim,
Pequenas feridas que ainda sangram,

Fecho a porta do meu quarto,
Ignoro qualquer som ou barulho,
Fecho meu coração ao mundo,
Ignoro qualquer sentimento.

A respiração fica rarefeita,
Não consigo focar nos problemas.
Minha alma esta muito ferida
Não consigo me manter em pé,

Caio no chão lentamente,
Enquanto o tempo congela,
Tudo começa a escurecer,
O corpo parece nunca cair,

Entro em colisão de sentimentos,
Tudo vem de forma violenta,
Meu coração não agüenta,
Entro em um estado de choque.

A consciência se apaga em segundos,
Preso na profundidade da mente
Em uma luta entre sentimentos,
Não sei se levanto ou fico deitado,

Não adianta ficar com medo,
Fugir só piora mais as coisas,
Não adianta negar a verdade,
Fugir só me trás mais ilusões.

Meu coração não responde mais,
Os sentimentos se destruíram,
Isso é tudo o que me resta,
Esperar o amanhã que não sei se virá.

Não controlo mais meu corpo,
Estou afogado em lágrimas,
Sem forças para me levantar,
Agora quero apenas ficar sozinho.

Um comentário:

  1. Lembrei-me da música "Dia" de "Os Arrais", ao ler essa poesia.

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