9 de janeiro de 2014

Inicialmente limitado pelas palavras,
Pois estas parecem querer fugir,
Percebo um enigmático bloqueio poético,
Na inexpressividade do pensamento.


Os versos estão aprisionados por correntes,
As chaves encontram-se perdidas, esquecidas,
Obscurecidas na inconsciência, junto ao passado,
Na mais profunda imensidão do ser humano.


Contido pela fronteira dos sentimentos,
Que não por falta, mas por excesso se difundem,
Confundem-se, tornando-os mais um obstáculo,
Outra pedra da muralha que me separa do eu poético.


Abarcado nesse mar de situações hipotéticas,
Alço voo, voraz como um albatroz,
Visitando lugares que só a imaginação alcança,
Viajando sem rumo à procura de poesia.

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